Por serem tantas as imagens de conflitos, sejam eles sociais, políticos ou étnicos, as situações estão banalizadas. Sem ser psicóloga social ou o que seja, acredito que já olhamos para estas imagens como algo que faz parte do dia-a-dia.
Por outro lado, conflito nem sempre é sinónimo execução de bom trabalho, seja a nível de imagem, seja na condição de redactor. Se, por norma, as agências e órgãos de comunicação se preocupam em enviar para os locais os seus melhores elementos (ou quero acreditar nisso), nem sempre o resultado é superior. E o produto está à vista, nesta nova confusão gerada no Irão. Uns retratecos sem estória e que, quase de certeza, não ficarão para a história.
Quem, dos que viram, não se recorda, pelos finais dos anos 90, e muito tempo depois do massacre de Santa Cruz, em Timor Leste – imagens já de si, e também por serem poucas, fortes – quem não se lembra, dizia, daquela mão que tapa a boca da criança que chora, durante a fuga da população para as montanhas? Acredito que tenha sido mais importante na paragem que Lisboa fez, durante a visita de alto dignatário e Prémio Nobel da Paz, do que qualquer acção política ou religiosa tida por algum elemento designado para as relações internacionais e/ou diplomáticas timorenses.
Volto a reportar-me ao Irão e às poucas imagens que tenho visto. Mais não conseguem do que fazer-me perceber que há (mais um) conflito no Médio Oriente. Banais, os conflitos; corriqueiras, as imagens.
Não basta estar. É necessário sentir e transmitir o que se sente; é necessário envolvimento e desgaste emocional. Só assim a imagem pode ter a função que muitos lhe querem dar sem a conseguirem atingir.
Imagem há sempre que existe um suporte, sem necessidade sequer de um operador.
Costumo dizer que há locais, nomeadamente situações de guerra ou conflito, em que se deixa cair a máquina e se obtém uma boa imagem. No pouco que tenho visto, julgo ser esse o problema: têm de deixar cair as máquinas porque, escolhendo os enquadramentos, não vão lá.
Muitos podem ter guitarra mas poucos conseguem ter unhas para a fazer tinir.
Por outro lado, conflito nem sempre é sinónimo execução de bom trabalho, seja a nível de imagem, seja na condição de redactor. Se, por norma, as agências e órgãos de comunicação se preocupam em enviar para os locais os seus melhores elementos (ou quero acreditar nisso), nem sempre o resultado é superior. E o produto está à vista, nesta nova confusão gerada no Irão. Uns retratecos sem estória e que, quase de certeza, não ficarão para a história.
Quem, dos que viram, não se recorda, pelos finais dos anos 90, e muito tempo depois do massacre de Santa Cruz, em Timor Leste – imagens já de si, e também por serem poucas, fortes – quem não se lembra, dizia, daquela mão que tapa a boca da criança que chora, durante a fuga da população para as montanhas? Acredito que tenha sido mais importante na paragem que Lisboa fez, durante a visita de alto dignatário e Prémio Nobel da Paz, do que qualquer acção política ou religiosa tida por algum elemento designado para as relações internacionais e/ou diplomáticas timorenses.
Volto a reportar-me ao Irão e às poucas imagens que tenho visto. Mais não conseguem do que fazer-me perceber que há (mais um) conflito no Médio Oriente. Banais, os conflitos; corriqueiras, as imagens.
Não basta estar. É necessário sentir e transmitir o que se sente; é necessário envolvimento e desgaste emocional. Só assim a imagem pode ter a função que muitos lhe querem dar sem a conseguirem atingir.
Imagem há sempre que existe um suporte, sem necessidade sequer de um operador.
Costumo dizer que há locais, nomeadamente situações de guerra ou conflito, em que se deixa cair a máquina e se obtém uma boa imagem. No pouco que tenho visto, julgo ser esse o problema: têm de deixar cair as máquinas porque, escolhendo os enquadramentos, não vão lá.
Muitos podem ter guitarra mas poucos conseguem ter unhas para a fazer tinir.
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