
Só trabalhei uma vez com ele. Falámos qualquer coisa, muito pouco para o que ele seria capaz de dizer. A impressão que ficou foi a de um Homem de excessos. Excessos na mesa, na vida, em tudo. Na voz encorpada apetecia ler para além das palavras que dizia. Nos livros, onde cuidadosamente colocava o nome na primeira página, percebia-se que eram para ser tratados com cuidado.
Parámos no café da esquina. Anarca, dizia de mim para mim, sem coragem para lho perguntar. Respeitador do espaço do colega, ser partilhante, para quem os trocos eram apenas e só isso.
Não te conheci, mas pressenti sempre que serias daquelas pessoas com quem conseguiria estar horas à conversa.
Escrevia pouco, num livrinho preto, a esferográfica negra. Incrível, ler o texto, tendo visto aquela espécie de apontamentozinhos. Todas as perguntas na cabeça, ao correr da conversa
Escrevia pouco, num livrinho preto, a esferográfica negra. Incrível, ler o texto, tendo visto aquela espécie de apontamentozinhos. Todas as perguntas na cabeça, ao correr da conversa
Torcato ... nunca é hora, mas foste cedo demais. Parecias ir estar sempre ali.
E estarás, de cada vez que olhar aquele canto.
2 comentários:
Aquele canto era o coração da redacção.
gosto, gosto muito! está fantástica!
beijinho!
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